sábado, 7 de junho de 2008

O som inquietante do Portishead


Se o principal dicionário do país se chamasse “Dicionário Vivian da Língua Portuguesa”, a definição para o verbete “música”, seria assim, bem sinestésica: enxergar a vida com outros olhos.
Isso porque a música não se limita a uma experiência sonora para mim. Ela me dá a chance de enxergar a vida de outra maneira. Se o artista é bom, se ele tem talento e sensibilidade, eu consigo sentir o que ele sentiu ao compor a canção, ao tocá-la.
Falando nisso, você conhece uma banda chamada Portishead?
Não?
Pois eu estou aqui hoje justamente pra escrever um pouco sobre o trabalho desenvolvido nesse projeto tão incrível, tão sensível, tão especial!
O Portishead é uma banda britânica, nascida em Bristol, formada em 1991 que produz um estilo de música chamado trip hop – música eletrônica lenta, marcada por batidas desaceleradas, hipnotizantes, e pelo uso de instrumentos convencionais e acústicos.
A banda é formada por Beth Gibbons, responsável por um vocal melancólico, intenso, Geoff Barrow, produtor, e Adrian Utley, na guitarra.
A discografia é composta por três CDs que, em minha opinião, são muito bons. Dummy, de 1994, Portishead, de 1997 e o novíssimo Third, lançado nesse ano e com um estilão diferente dos dois CDs anteriores. Além disso, eles têm um disco ao vivo, uma compilação, alguns compactos e uma videobiografia.
Voltando à sinestesia, posso dizer que a guitarra no Portishead é negra, escura, com acordes obscuros e dramáticos. A voz de Beth Gibbons soa de forma muito emotiva. A bateria e os sons eletrônicos se juntam ao drama com harmonia, sintonia.
O som do Portishead é triste(o “Third”, nem tanto, está mais industrial, potente). É sensual, feminino. A música da banda é densa. É bem underground. É intensa e misteriosa.
As letras falam sobre temas existenciais, sentimentos e distribui charadas metafóricas. As composições são arrastadas, sombrias e depressivas.
E as apresentações ao vivo... Aaaaah! São lin-das!
Eu fiquei em dúvida sobre qual vídeo deixar aqui pra vocês! São tantas músicas lindas! Tantas apresentações incríveis! Pensei em colocar algo do CD novo, mas preferi um clássico. Pensei em Glory Box, música muito famosa do Portishead, mas já decidi!
A música escolhida é Roads, do primeiro CD. Belíssima música. Me toca, comove e inspira (como todas as outras, na verdade).
Por favor, sejam pacientes. Esperem carregar o vídeo direitinho e assistam. Escolhi com o maior carinho pra vcs! =D (aquelas pouco dramática)
Tá vendo? Vivi também é cultura.

7 comentários:

Maria Clara Moraes disse...

Me deu uma baita vontade de escutar. Excelente crítica vivi!
Ai ai ai, quanto orgulho minha linda!

Maria Clara Moraes disse...

Desistiu já, Vivi?

Paula disse...

@=D Achei a música um pouco angustiante, embora vc possa achar que é paia ontém eu vi um clipe dessa banda na MTV, e também era angustiante, super sensível eu admito, parece que agente mergulha junto com o som ...

Sarah Germano disse...

sumiu vi?!1
poste mais ai mulher!
coloquei seu blog nos links do invasões germanicas!
bjocas

Maria Clara Moraes disse...

Vivi não gosto de ficar tão distante assim! Nas férias parece que o povo desaparece total né? Meu, to trabalhando que nem uma lhama, mas to gostando! Quero sair um dia da semana com vc e o fe... sempre falo isso! Precisamos fazer acontecer ne? Amo que vc comenta no meu blog! Alias utimamente só vc mesmo... hehehe... aiii vivi, tantas coisas p gente conversar ne? Quero saber da sua alma, sempre tao inquieta! Como vc ta? saudades infinitas!
vc ta trabalahndo? podemos marcar durante a semana? ou entao um domingo igual àquele que a gente ficou na augusta... eu amei. vamo?

Maria Clara Moraes disse...

desistiu?

Anônimo disse...

VIVI, POSTE NO SEU BLOG!